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Alunos da rede estadual de SP farão simulado do Enem.

Cerca de 545 mil estudantes do ensino médio da rede estadual farão amanhã um simulado para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que será aplicado no dia 31 de agosto. O Enem é um exame federal aplicado pelo MEC (Ministério da Educação) e que conta pontos em diversos vestibulares.

Segundo a secretaria, a prova foi elaborada pela pasta e segue o banco de dados de questões do Enem dos anos de 2005, 2006 e 2007, “usando os critérios de habilidades articuladas com as competências gerais”, como informa a nota.

Os alunos do curso diurno responderão amanhã a uma prova com redação e questões objetivas. Já os que estudam no período noturno farão as questões objetivas amanhã e responderão à redação nesta quinta-feira.

A secretaria divulgou ontem a data da matrícula antecipada para alunos de 1ª a 8ª série do ensino fundamental. Será de 27 de agosto a 29 de setembro. Os que estão na rede terão matrícula automática.

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Zona leste, os extremos da educação em SP.

O desempenho em leitura e matemática dos alunos das escolas municipais de ensino fundamental (Emefs) em São Paulo varia de acordo com o bairro. Na Zona Leste encontram-se os extremos. Os colégios da Penha e de Itaquera estão entre as cinco regiões com as maiores médias na Prova São Paulo (exame aplicado pela primeira vez em novembro para alunos de 2ª, 4ª, 6ª e 8ª séries). Já em Guaianases, na mesma região, se encontram as escolas com os piores desempenhos.


Os dados fazem parte do ranking, obtido pela reportagem, que traz as médias das escolas das 13 regiões da capital paulista. As escalas da prova variam de acordo com a série.


A média das unidades da Penha em matemática na 8ª série, por exemplo, foi a mais alta da cidade: 258,3 (numa escala de 0 a 375). Guaianases foi a região que registrou a média mais baixa: 241,3.


Além da Penha, os alunos das Emefs de Itaquera (zona leste), Ipiranga (zona sul) e Jaçanã-Tremembé (zona norte) lideraram a lista com os melhores desempenhos.


A especialista em políticas públicas da Educação da PUC-SP, Maria Angela Barbato Carneiro explica alguns motivos que proporcionam as diferenças entre as regiões. “Em geral, quanto mais se aproximam do centro, melhores são as escolas porque fatores como falta de segurança e de infra-estrutura geram maior rotatividade de professor”, diz.


Para ela, os professores não podem ser responsabilizados. “A culpa não é do professor. Ele precisa ter incentivos para se fixar nessas escolas nas regiões mais distantes, ter melhor salário e salas de aula com boa infra-estrutura.”


A especialista em alfabetização da USP, Silvia Colello, também ressalta que o nível cultural dos pais tem impacto direto na aprendizagem das crianças. “A educação vai além da escola. É preciso analisar o antes, durante e depois das aulas”, afirma.


DESAFIOS NA PERIFERIA


Segundo Romildo Rodrigues, conselheiro do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), que dá aula em Guaianases, há dois motivos que levaram os colégios da região a terem os piores desempenhos na Prova São Paulo: a questão socioeconômica e a reorganização realizada recentemente nas escolas para atender a demanda. “Itaquera e Penha ficam na zona leste, mas têm condição socioeconômica mais elevada. Não é dizer que alunos de regiões mais pobres não aprendem, mas o acesso a oportunidades como livros e viagens dá mais repertório para a criança”, afirma.


Ele cita que as escolas da região tiveram de improvisar espaços para atender a alta demanda. “Tem escola que teve de fazer quatro intervalos porque todos os alunos não cabem no pátio de uma só vez”. A Diretoria Regional de Guaianases, órgão ligado a Prefeitura, não quis se manifestar.

Já a representante da Diretoria Regional de Ensino Campo Limpo, zona sul, que também ficou entre as regiões com pior desempenho, concedeu entrevista. “Mesmo não estando entre os melhores, nossos colégios estão no caminho certo, o trabalho é reconhecido pela comunidade e damos ênfase à formação de professores”, disse Sandra Lacerda, diretora da divisão técnico-pedagógica da região.

DESEMPENHO

A Secretaria Municipal de Educação informou ser contra a política de classificação de desempenho na Prova São Paulo e por isso não divulga a lista com as notas da rede por escolas ou por região. A reportagem solicitou entrevista com o secretário Alexandre Schneider, mas não obteve retorno.

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Secretaria de SP chama professores substitutos; sindicato pede mandado de segurança

A Secretaria da Educação de São Paulo liberou todas as escolas estaduais para chamada de professores eventuais, que cobrem faltas diárias de concursados e temporários. A medida pretende garantir que os cerca de 5 milhões de estudantes da rede não fiquem sem aula nas cerca de 5.500 escolas. Para o sindicato, a medida fere o direito de greve da categoria.

Há duas semanas, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino do Estado de São Paulo) decretou paralisação nas escolas. Segundo a Secretaria, na quarta-feira (25) todas as escolas receberam comunicado liberando a chamada dos eventuais. Quase 20 mil substitutos estão cadastrados nas 91 diretorias de ensino.

Por causa da chamada, a Apeoesp entrou na Justiça com um mandado de segurança coletivo em defesa do direito de greve da categoria. Em nota, o sindicato informou que “a Lei Federal 7783/89, em seu parágrafo 2º do artigo 6º, dispõe que ‘é vedado as empresas adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento'”.

Para o coordenador de recursos humanos da Secretaria, Jorge Sagae, é preciso garantir a aprendizagem. “É dever das escolas convocar os eventuais para cobrir as faltas dos professores, garantindo que os alunos tenham seu direito às aulas assegurado. Não tem como a direção da escola saber se o professor está faltando ou está em greve”.

O comunicado do Estado foi gerado após questionamento das escolas e diretorias de ensino à Secretaria. Segundo nota divulgada pelo órgão, os professores eventuais já estão cadastrados na Secretaria e irão cobrir apenas as faltas diárias, sendo garantida a volta ao trabalho dos educadores que estiverem em greve. “Os direitos e garantias dos professores da rede estão garantidos”, diz o comunicado.

Faltas descontadas

A Secretaria estima que entre 4.000 e 10 mil professores têm faltado diariamente, em média, desde o anúncio da greve. A rede tem cerca de 230 mil professores concursados e temporários. Diariamente, segundo a pasta, cerca de 10% deixavam de dar aulas antes da greve.
Durante a greve, os professores que faltam têm o dia descontado, o que, além de redução no salário, influi em benefícios futuros, como bônus-merecimento. Com a chegada dos eventuais para cobrir as faltas, os professores não precisarão repor aulas, já que os alunos têm cobertura dos eventuais.

Na manhã desta sexta (27), foi realizada uma audiência de mediação agendada pelo Ministério do Trabalho para representantes do sindicato e da Secretaria Estadual da Educação. À tarde, uma assembléia deve decidir os rumos da greve dos professores da rede estadual de ensino. Eles se reunirão no vão do Masp, na avenida Paulista, e devem seguir em passeata logo depois.
A greve dos professores começou no dia 16 de junho. No centro da discussão entre a categoria e o Estado está o Decreto 53.037, publicado no fim de maio no Diário Oficial.

Segundo a Apeoesp, mais de 80% das escolas estaduais aderiram à paralisação. O governo rebate o número e diz que menos de 2% da categoria está de braços cruzados.

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Educação melhora, mas nível continua baixo no Brasil, mostra Ideb.

A média dos estudantes brasileiros no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) cresceu em todas as etapas do ensino médio, entre 2005 e 2007, segundo o MEC (Ministério da Educação). Apesar do aumento nas notas, as médias continuam baixas.

Entre as quartas séries, as médias aumentaram de 3,8 para 4,2. Na oitava série, de 3,5 para 3,8 No ensino fundamental está o pior quadro: a média subiu apenas um décimo, de 3,4 para 3,5.

Apesar de resultados baixos, o MEC considera que há avanços devido à superação de metas. Segundo a pasta, a expectativa de nota para as quartas séries, oitavas séries e ensino médio eram de 3,9, 3,5 e 3,5, respectivamente. As notas vão de zero a dez.

As regiões Norte e Nordeste, que tinham as menores notas, obtiveram também as maiores variações, mas mantém as notas baixas. O ensino médio da região Norte, por exemplo, não conseguiu passar dos três pontos, ficando no patamar de 2,9, mesmo número de 2005 e meta para esse ano.

O Ideb avalia todas as unidades da federação foram avaliadas nos três níveis, gerando 81 índices. Destas, apenas duas foram iguais a 5,0 –as dos estudantes de quarta série do Paraná e do Distrito Federal. Nenhuma passou da metade dos pontos possíveis.

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Sono ruim pode levar as notas baixas na escola


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Em SP, melhor escola estadual no Enem está na 913ª posição

A escola mais bem colocada ligada à Secretaria de Educação é a Professor Angelo Martino, em Ibitinga (347 km de SP), que está atrás de 849 particulares, 62 técnicas públicas (57 estaduais, 3 federais e 2 municipais) e da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação, ligada à USP e que figura na modesta 824ª colocação.

Os colégios estaduais correspondem a 71% do universo avaliado. Dezenove pontos, numa escala de zero a cem, separam o melhor particular no exame, o Vértice (81,67), da Angelo Martino (62,46) –a Escola de Aplicação da USP teve 63,4.

A diferença entre ela e a pior estadual –a Shiguetoshi Yoshihara, em Presidente Epitácio (655 km de SP)– é de quase um terço da prova, ou 28 pontos.

Foi considerada a média da redação e das questões de múltipla escolha, com a aplicação de um fator de correção –fórmula matemática para evitar que escolas com menor número de alunos que fizeram Enem tenham a nota distorcida.

Os resultados das escolas paulistas no exame mostram ainda, mais uma vez, o abismo entre a rede pública e a privada. Nenhum colégio estadual regular alcançou a média da rede privada (64,1) e 71% tiveram média no exame menor do que 50% –entre os particulares, o índice foi de 0,6%.

Mesmo na rede pública, o desempenho é desigual. Metade das escolas do Estado não alcançou a média nacional da rede pública, de 48,081 pontos.

Na avaliação do presidente do Inep (instituto de pesquisa ligado ao Ministério da Educação), Reynaldo Fernandes, o Enem não avalia a qualidade da escola, mas o desempenho dos alunos, que, disse ele, depende também do contexto socioeconômico e da experiência familiar. “Se você pegar a melhor escola privada e colocar os alunos da periferia, o desempenho será diferente”, diz. “A comparação deve ser feita entre escolas com público semelhante.”

Para Jorge Werthein, diretor-executivo da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, um dos fatores para o mau desempenho é o aumento do número de matrículas no Estado na última década, que levou à escola parcela da população que estava fora.

Para Carlos Ramiro, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), não se pode ver os resultados do Enem como um “embate” entre a rede pública e a privada. Ele cita como prova disso o bom desempenho obtido pelos colégios técnicos.

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Estudando pela internet

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Só 7 das 5.183 escolas estaduais de SP possuem padrões de ensino internacionais.

Somente 7 das 5.183 escolas estaduais paulistas possuem qualidade de ensino equivalente ao verificado em países como Finlândia e Coréia, duas potências mundiais quando o assunto é educação. Duas delas são do ensino médio e outras cinco, escolas de 5ª a 8ª série do ensino fundamental.

Apenas elas atendem às metas estipuladas pelo Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), um indicador criado pelo governo estadual para avaliar as condições da qualidade do ensino na rede que administra. Ele leva em conta dois dados: o Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) e a taxa de alunos que estudam em séries indicadas para a sua idade –e que podem sofrer variação caso haja repetência e evasão, por exemplo.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação, o índice é individualizado e não foi criado para estimular uma disputa entre as melhores ou piores escolas da rede, mas sim para averiguar as condições de cada unidade de ensino e estabelecer metas de melhorias a curto e longo prazos. Cada escola terá uma espécie de boletim. Ele pode ser consultado no site da própria Secretaria de Estado da Educação.

“O Idesp vai permitir que as nossas escolas melhorem mais rapidamente”, afirmou nesta quinta-feira a secretária de Estado da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro.

Anunciado como uma revolução pela secretária, o lançamento do índice contou com a participação secretários do governo José Serra (PSDB), entre eles nomes de peso como Aloysio Nunes Ferreira Filho (Casa Civil), Mauro Ricardo Machado Costa (Fazenda) e Sidney Beraldo (Gestão Pública).

Cálculo

Ambicioso, o projeto tem perspectiva de atingir patamares de países desenvolvidos até o ano de 2030. O alcance das metas é gradual e elas serão estipuladas ano a ano. O parâmetro a ser atingido é o OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), entidade que reúne 30 países membros e que têm, entre outras metas, assegurar o melhor acesso à educação.

O fator de cálculo do Idesp vai de 0 a 10. Cada escola recebeu uma nota. Apesar do índice estabelecer o patamar máximo de 10, cada escala de ensino tem a sua meta a ser alcançada. No caso de alunos da 1ª a 4ª série do ensino fundamental, a meta é atingir 7, no caso da 5ª a 8ª série é 6, e os alunos do ensino médio tem como meta o índice de 5.

A avaliação realizada pelo Idesp aponta que atualmente o índice médio de escolas de 1ª a 4ª série no Estado é de 3,23. Nas instituições de ensino de 5ª a 8ª série ele é de 2,54, e no ensino médio é de 1,41.

Um exemplo é o da escola Rodrigues Alves, localizada na avenida Paulista, em São Paulo. O índice de 1ª a 4ª série é de 3,96, e da 5ª a 8ª série é de 3,15. Como meta para 2008, eles terão de alcançar os índices de 4,09 e 3,26, respectivamente.

“Os desafios e necessidades de cada escola são diferentes”, afirma a secretária.

Melhores

A escola Papa João 6º, de Santo André (Grande São Paulo), com índice de 6,21, e a Baptista Docli, em Dolcinópolis (599 km de São Paulo), que obteve índice 5,39, são as melhores entre as instituições de ensino médio segundo o Idesp.

Outras cinco são de 5ª a 8ª série. São elas: Coronel Pontes Gestal, na cidade de Pontes Gestal (533 km de SP), com índice 6,89, e Baptista Dolci, em Dolcinópolis, com Idesp 6,50, Gentila Guizzi Pinatti, de Sebastianópolis do Sul (504 km de SP), que teve 6,10, Coripheu de Azevedo Marques, com 6,10 e localizada em Aparecida D’Oeste (629 km de São Paulo), e, por fim, Prefeito José Ribeiro, de Paranapuã (606), que obteve 6,07 no Idesp.

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Professor falta mais em escola de área vulnerável em SP.

Tirando a região central de São Paulo, 38 das 50 escolas estaduais da capital com maior número de faltas de professores justificadas com atestados de consultas médicas estão localizadas em áreas consideradas de vulnerabilidade social pelo governo, representando 76% das unidades. Essas são também as escolas onde os alunos tiveram os mais baixos desempenhos no Saresp, a avaliação aplicada pela Secretaria de Estado da Educação para aferir conhecimentos em matemática e língua portuguesa.

 

A conclusão aparece no cruzamento da lista de faltas dos professores por escola com as notas do Saresp, disponíveis no site da secretaria, e a relação das escolas em áreas vulneráveis, onde o professor recebe um adicional salarial. A classificação de vulnerabilidade é feita pelo governo com base em índices de criminalidade, expectativa de vida, analfabetismo, mortalidade materna e renda familiar, por exemplo.

As faltas com atestados poderiam acontecer dia sim dia não, somando 15 em um mês, sem prejuízo salarial para o docente. Lei sancionada na semana passada pelo governador José Serra (PSDB) restringiu a seis por ano o limite dessas faltas.

Pela comparação entre as três listas, o cenário é pior nas zonas sul e leste. As cinco escolas com mais faltas em cada uma das sete diretorias de ensino estão em locais de vulnerabilidade e tiveram pontuações no Saresp abaixo da média das escolas próximas. São unidades que unem os principais problemas enfrentados pelo ensino público.

 

 

 

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