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A influência da brincadeira na socialização da criança

Quanto mais nova a criança, mais individual e egocêntrica é a sua brincadeira. “A essa centração da criança nela mesma, Piaget chama de egocêntrica. Não significando com isso uma hipertrofia da consciência do eu, mas simplesmente uma incapacidade momentânea da criança de descentrar-se, isto é, colocar-se em outro ponto de vista que não o próprio”. (Freire, J.B, 1992).

À medida em que a criança interage com os objetos e com os outros, vai construindo relações e conhecimentos a respeito do mundo em que vive, porém, nesta fase, esse conhecimento ainda não é suficiente para que a criança estabeleça relações de grupo.

Essa autocentração é característica nas crianças quando ingressam nas classes de Educação Infantil. Aos poucos, a escola e a família, em conjunto, devem favorecer uma ação de liberdade para essa criança e, desta forma, o processo de socialização se dará gradativamente, através das relações que ela irá estabelecer com seus colegas na escola.

Para que isto ocorra, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tampouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem, principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o adulto e com as outras crianças.

Brincando em grupo as crianças envolvem-se em uma situação imaginária onde cada um poderá exercer papeis diversos aos de sua realidade, além do que, estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude.

A brincadeira e o jogo receberam atenção, também, dos teóricos da vertentes Histórica-Cultural. Segundo Leontiev (1988), é através da atividade lúdica que a criança desenvolve a habilidade de subordinar-se a uma regra. Dominar as regras significa dominar o próprio comportamento, aprendendo a controlá-lo e a subordiná-lo a um propósito definido. (1988,p.139).

O auto-controle interno sobre o conflito, entre seu próprio desejo e a regra da brincadeira, é uma aquisição básica para o nível da ação real da criança e de sua moralidade futura

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